Alunos de Medicina da FUNEPE Participam de Operação Resgate Rio Grande do Sul

Alunos de Medicina da FUNEPE Participam de Operação Resgate Rio Grande do Sul

A situação calamitosa das chuvas que impactaram o estado do Rio Grande do Sul atualmente movimenta todo o país a fim de auxiliar esse momento desafiador para a população gaúcha. A fim de contribuir com a região, alunos do curso de medicina da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - FAFIPE, mantida pela Fundação Educacional de Penápolis, através de parceria com o Centro Integrado de Operações Aéreas Multimissão - CIOPAM, se organizaram para ajudar com atendimentos voluntários nos cuidados de saúde e também dar apoio às equipes de resgate nas áreas mais atingidas.

Na última terça-feira, a aluna Bárbara Zaramello Costa, da turma 5 de medicina, contou à equipe de comunicação da instituição sobre o seu envolvimento com a CIOPAM e como os demais alunos, Augusto Zaccaroni e Túlio Carneiro, da turma 5, e Ana Simões da primeira turma, se envolveram neste trabalho solidário.

 

Confira o bate-papo a seguir.

 

Bárbara, como surgiu a ideia de participar deste momento tão desafiador no Rio Grande do Sul? 

A vontade de ajudar. Claro que a experiência e aprendizado também foram um dos pontos relevantes. Mas, colocar um conhecimento a favor de quem está precisando no momento é o principal. Meu pai e minha irmã fazem parte do CIOPAM. Ele atua como piloto e ela no operacional. Eu também faço parte do grupo e quando soube que eles realizariam uma operação por lá, logo me interessei. Entendo como a CIOPAM atua e sei um pouquinho sobre as dinâmicas de resgates e ações humanitárias, então, veio a vontade de contribuir nesse momento da melhor maneira. A motivação é poder ajudar não só na área da saúde em si, mas o que a gente puder fazer, o que estiver ao nosso alcance por lá.

 

Explique o que é a CIOPAM? 

O CIOPAM é um Centro de apoio aéreo composto por profissionais da saúde, área militar e civil, bem como empresários, todos atuando de forma voluntária que tem como objetivo realizar missões de ajuda humanitária, através da realização de Operações Aéreas e apoio via terra e mar. Meu pai e minha irmã são integrantes do grupo e por isso sempre estive envolvida com os assuntos relacionados às missões.

 

No início, a intenção era você ir sozinha. Como surgiu a oportunidade de aumentar o grupo com mais alunos da instituição? 

Até então eu ia sozinha mesmo, atuar como dentista, que é a minha primeira formação. Em uma conversa com a gestão da Fundação sobre outras questões surgiu o assunto, e eu contei sobre essa jornada para o Gil e o Clayr. Logo em seguida também falei com o diretor do Centro de Saúde, o professor Moraes, e com o coordenador do curso de medicina, Dr. Ornellas. E a gente entendeu a viu a demanda de mais profissionais da saúde para auxiliar a toda população de lá. Foi aí então que resolvemos essas vagas para os alunos da medicina, entende? E aí eu soltei um aviso, criamos um grupo no whatsapp e logo que surgiu alguns interessados alinhamos em um novo grupo. Foi tudo muito rápido e logo criamos o movimento entre a turma na instituição.

 

Você se preparou mentalmente para o que vai encontrar por lá? Qual a expectativa do grupo? 

Sabemos que por mais que a gente se fortaleça, é somente no local que sabemos como vai ser. E na hora da seleção, empregamos alguns critérios, porque não é simplesmente ir, né? Tem que ter um psicológico bom, tem que estar preparado.

Mas assim a gente não sabe o que vai ver. A gente não sabe se a gente vai entrar na água para resgatar, se a gente vai entrar nas casas para ajudar o resgate. A gente não sabe se a gente vai ficar com o pessoal que já foi resgatado e poder atender esse pessoal. Então, assim, é uma coisa que a gente sabe que está sendo organizada, que tem muita demanda de resgate, de ajuda, mas na hora acaba sendo o que vier.

 

Você indicou que se planejaram ficar entre 5 a 7 dias. Existe possibilidade de expansão? 

Para nós da turma 5, não. Até mesmo porque tem os compromissos na faculdade, logo se inicia a semana de provas, então fica complicado. Talvez para a Ana da T1, porque ela está na turma que já se forma nesse mês. E eu falei para ela, se tiver possibilidade de você ficar e você quiser ficar, você pode estender, mas a gente, infelizmente, temos que voltar.

 

Ganha-se uma proporção muito grande quando vocês também levam o nome da instituição para essa missão. Como você enxerga isso? 

Eu agora fui eleita presidente do Centro Acadêmico Dr. Ramalho Franco, a CARF, e isso me deu ainda mais ânimo para levar o nome da instituição para mais longe, porque eu sou de Penápolis. Então, o que eu quero é compartilhar cada vez mais melhorias para a faculdade, porque eu nasci e cresci aqui. Então eu quero que essa FUNEPE cresça e evolua cada vez mais. No momento em que eu vi que a gestão estava disposta e de portas abertas para receber essa ideia, para fazer essa parceria com a CIOPAM, isso me animou mais e me incentivou mais ainda a convidar outros alunos.

 

Como a gestão da instituição recebeu essa escolha? 

Como disse anteriormente, a gestão da Fundação foi super receptiva. Além disso, a conversa com a equipe pedagógica, também foi muito boa, porque eu fui para falar só da questão de abonar faltas e no fim eles falaram de questões de emissão de certificado, questão do seguro, compra de equipamentos para a gente ir com um equipamento próprio, como coletes salva vidas e uma bolsa específica com o kit de primeiros socorros, tudo custeado pela instituição. É legal a gente falar disso. Então eu posso afirmar que contamos com o apoio total da gestão, tanto acadêmica quanto da própria Fundação.

 

Quais são as cidades, que neste primeiro momento, vocês escolheram auxiliar?

A gente tem acesso ao que foi classificado do que é urgente, o que não é tão urgente, o que tá precisando, o que dá para esperar um pouco. E aí, além disso, a gente também classifica o que se precisa. Então tem região que precisa de veterinário, tem região que precisa de médico formado, tem região que só um voluntário, ou no caso alunos de medicina, como é o nosso caso, já é o suficiente. Então teremos acesso a uma planilha com a gravidade da situação, estamos planejando tudo isso. A princípio, as três cidades que mais precisam são Canoas, São Leopoldo e Eldorado. Mas, os planos podem mudar. De qualquer maneira, estaremos dispostos a ajudar da melhor forma possível. 

Os alunos do curso de medicina já estão no Rio Grande do Sul, acompanhando equipes de resgate e auxiliando os trabalhos pela região mais atingida. Os equipamentos disponibilizados pela instituição para essa missão servirão de apoio a demais alunos da área da saúde que por ventura, futuramente, possam participar de outras ações humanitárias. 

Entre os dias 06 e 09, a Fundação Educacional de Penápolis, juntamente com as Atléticas composta pelos alunos dos cursos de graduação realizam uma campanha para arrecadação de mantimentos e roupas a fim de ajudar com a população gaúcha. Para contribuir com o estado, o governo disponibilizou chave pix para doações em dinheiro, sendo esta o CNPJ: 92958800000138 - Banco Banrisul.

Para contribuir com o trabalho da CIOPAM através de doações e voluntariado, basta acessar o site www.ciopam.org.br ou o instagram @ciopam.



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